Nossas caixas de e-mail são ferramentas de comunicação assíncrona, assim como os correios convencionais, mas muito mais rápidos (ainda mais comparando com nossos Correios brasileiros). Por assíncrono, deve-se assumir que em algum momento o destinatário vai receber e ler aquela mensagem, o que significa que, por definição, não se deve mandar um e-mail se você espera uma resposta imediata.
Mas, com o advento da conexão permanente à Internet, queremos respostas cada vez mais rápidas. Queremos respostas quase instantâneas. Já se assume que o destinatário vai estar com o aplicativo de e-mail aberto, com notificação de e-mails recebidos no momento que são recebidos, e que vão interromper qualquer tarefa que estejam fazendo para ler aquele e-mail.
Isso está errado, muito errado, mesmo. Existem outras ferramentas para este fim, como o bom e velho telefone e serviços de mensagem instantânea. O último não deixa de ser assíncrono, mas do próprio nome instantâneo já dá pra ver que não recebemos uma mensagem pela manhã para responder à tarde (o que acontece na vida real, mas não é o tema desse post).
Boa parte da culpa disso é nossa, porque realmente ficamos com os e-mails abertos o tempo todo, com notificações ligadas o tempo todo. Até mesmo quando estamos fora do computador, nossos celulares apitam ao chegar um e-mail. Acostumamos mal, ficamos mal acostumados e transformamos uma boa ferramenta de comunicação em algo que ferra com nossa produtividade e senso de urgência.
Fazendo minha parte, passarei a ter e-mail breaks, cortando minha contribuição ao mimo do mundo. Às 10 da manhã e às 4 da tarde, vou ver o que recebi e tomar as ações necessárias em cada um deles. Para as urgências, o celular continua ligado e o IM conectado.